Foi sorte ou competência?

Inspirado nos livros e palestras do autor Michael Maubossin[1], pergunto: Qual é o papel da sorte para o sucesso?

Começo definindo “sorte” e “habilidade”, neste contexto: Sorte é a combinação de eventos ou circunstâncias que acontecem ao acaso, trazendo bons ou maus resultados. Habilidade é a capacidade para fazer algo, oriunda de conhecimento, prática ou aptidão.

Eventos e atividades do dia a dia podem ser distribuídos em um eixo “sorte x habilidade” (figura abaixo). Algumas poucas atividades estão nos extremos deste eixo, como xadrez e corrida (dependem apenas de habilidade) ou loteria (puramente sorte). Entretanto, a maioria das atividades está ao longo do eixo e requer uma combinação entre sorte e habilidade.

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O paradoxo da habilidade criado pelo autor trata um pouco desta mistura entre habilidade e sorte. O nível de habilidade tende a evoluir consideravelmente ao longo do tempo. Por conta do contínuo desenvolvimento, há também cada vez menos diferença entre os melhores e a média. Assim, o que acaba diferenciando/destacando um indivíduo não é mais sua habilidade em constante evolução, mas sim um “tanto de sorte”.

Uma pequena anedota de como um pequeno “acaso” pode criar um resultado inesperado. A história começa com uma pergunta: Qual é o quadro mais famoso/valioso do mundo?

Mona Lisa é a resposta correta e é também a resposta da vasta maioria dos entrevistados. É surpreendente que Mona Lisa não era nem de longe o quadro mais valioso de Leonardo Da Vinci. Em 1750, foram exibidos em Paris os 110 quadros mais importantes do acervo de Versailles, e a Mona Lisa nem foi levada. A mudança de percepção do seu valor aconteceu em 1911 quando um pintor italiano roubou o quadro. Após 2 anos de muita comoção e exposição da história, Mona Lisa finalmente foi recuperada, voltando a Paris. Desde então, turistas do mundo todo se aglomeram no Louvre para ver aquele pequeno quadro, exposto com status de “um tesouro mundial”. Então, toda esta admiração que temos pela Gioconda é fruto do acaso?

A atividade de gestão de investimentos, como qualquer outra atividade, também se encontra no eixo “sorte x habilidade”. O Paradoxo da Habilidade, por exemplo, claramente se aplica em nossa realidade: os gestores estão cada vez melhores, bem treinados e bem-informados. Isso leva a média dos retornos para cima, assim como a uma dispersão de retornos menor. É claro que a habilidade/competência sempre será o pré-requisito do sucesso, mas os maiores vencedores contam com um pouco de sorte também.

Com mais ou menos sorte, estou convicto de que o tempo e os retornos compostos são antídotos para qualquer “maré de azar” ou momentos ruins do mercado. Fazer meus clientes entenderem isso e confiarem no efeito do passar do tempo em uma estratégia bem elaborada é um grande desafio profissional. Quer saber como fazemos?

Se quiser saber mais da nossa abordagem e forma de investir, entre em contato por aqui ou um whats. Será um prazer conversar!

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[1] Michael J. Mauboussin é diretor e Head of Global Financial Strategies no banco Credit Suisse. É também autor de três livros: More Than You Know, Think Twice, e The Success Equation.

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