Quando decidimos atuar no mercado de ‘Wealth Management” ou “Gestão de Patrimônio” tomamos a decisão mais acertada que poderíamos fazer na época. Decidimos olhar para mercados mais maduros que o nosso, principalmente o americano, e copiar as melhores práticas de gestão, principalmente sob a ótica do investidor.
Nossa pesquisa passou por vários aspectos, como transparência, a gestão dos investimentos, formato de remuneração do gestor, entre outros. É provável que escreverei mais detalhadamente sobre cada um desses temas no futuro, mas hoje quero comentar rapidamente sobre o início de tudo, o IPS (Investment Policy Statement ou Plano de Investimentos).
Confeccionar um IPS não é difícil, mas demanda tempo e muita escuta. São conversas longas que buscam detalhar questões práticas, como patrimônio atual, renda, gastos, necessidades futuras de caixa, questões jurídicas, preferências pessoais e mais uma infinidade de pontos. Aspectos menos óbvios ou subjetivos também são importantes. Por exemplo, uma pessoa que construiu seu patrimônio empreendendo, tomando risco e decisões incertas, provavelmente terá mais apetite por risco. Já um herdeiro, funcionário público ou alguns executivos com carreiras mais previsíveis tendem a ser um pouco mais conservadores.
Muitas vezes também identificamos necessidades que estão fora do radar, como a necessidade de trocar de plano de saúde, fazer um testamento, formalizar uma relação conjugal, e por aí vai. Pequenos detalhes que podem fazer toda a diferença para a vida de uma pessoa.
Grosso modo, um IPS deve conter as seguintes informações:
· Quem é o investidor e como ele chegou até o momento atual;
· Quais os objetivos do investidor e em que prazo ele gostaria de alcançá-los;
· Estimativas de gastos, poupança e investimentos para o período do plano;
· Qual a capacidade do investidor de assumir riscos? E qual é a sua propensão a riscos?
Com os dados acima, a tarefa do gestor é de traçar o caminho mais simples e seguro para cliente alcançar seus objetivos. Dentro da nossa filosofia aqui na Amazônia Capital, preferimos tomar poucas e boas decisões de investimentos e “segurar firme no manche”, sempre mirando o objetivo final do plano. Achamos que quanto mais decisões são tomadas e quanto mais o investidor se movimenta no mercado, mais taxas e spreads ele deixa na mesa, além de incorrer em mais chances de errar.
Todos os nossos clientes têm um IPS com o máximo de granularidade possível e todos os investidores deveriam o ter! Você já tem o seu?
Meu sócio Jorge Augusto (Guto) Saab, CFA e Helio Kwon recentemente também escreveu texto interessante sobre o tema.
Te convido para uma conversa sobre o assunto nos links a seguir. Clique aqui
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